terça-feira, 20 de setembro de 2011

A ÉTICA E A MORAL

Para abordarmos com clareza a questão da Ética em nosso Caminho de Auto-Conhecimento, precisamos, antes, definir o que é Ética e o que é Moral.
A Ética mostra o que é o Bem; a Moral mostra o que é bom. O Bem é Absoluto, Eterno; o bom é relativo, variável, temporal.
O termo “ética” vem do grego “ethos”, que significa “modo de ser” ou “caráter” (forma de vida adquirida pelo homem). O termo “moral”, vem do Latim“mos” ou “mores”, significando “costume” ou “costumes”, no sentido de conjunto de normas ou regras adquiridas por hábito (comportamento adquirido pelo homem).
Á Ética é entendida como a Ciência do Comportamento moral dos homens em sociedade, isto é, a ciência de uma forma específica de comportamento humano. A Ética é, pois, a ciência da moral.
Ciência de caráter puramente filosófico sobre a qual os Grandes Sábios da Antigüidade sempre se dedicavam ao questionarem sobre a moral. A questão da moral é complexa, visto que nunca e constante, sendo um conjunto de normas aceitas para regular o comportamento individual e coletivo de um determinado agrupamento social dos homens. A moral de um povo faz sua história. Dessa forma o que é bom numa época, pode não ser bom em outra, ou o que é moral num determinado agrupamento social, pode ser imoral em outro.
Na sua vivência do cotidiano, os indivíduos defrontam-se com situações que exigem uma resposta adequada ao momento, daí a necessidade de pautar seu comportamento através de regras ou normas que sejam mais apropriadas ou dignas de serem postas em prática. Essas normas são aceitas pelo grupo social às quais se adaptam intimamente e reconhecidas como obrigatórias para o bom andamento das relações sociais. De acordo com essas normas sociais vigentes, os indivíduos compreendem que tem o dever de pautar seu modo de ação de conformidade com o sistema pré-estabelecido. Nesse caso, o indivíduo age moralmente e em seu comportamento evidenciam-se vários traços característicos que o diferencia de outras formas de conduta humanas. Esse comportamento deve ser o resultado de uma decisão refletida.
A Ética é compreendida como uma forma de comportamento regida por valores que são Eternos e invariáveis para todo o gênero humano. A moral varia de época para época e de povo para povo, o que pode ser considerado bom em determinada época, talvez já não o seja mais em algumas décadas; da mesma forma o que é bom para nós, pode não ser considerado bom para outros povos, raças ou etnias. Questões como Justiça, generosidade, caridade, honestidade, pecado, crime, abuso, exploração, etc., podem ser vistas de modos diferentes por cada grupo social – povo ou nação – de acordo com seu próprio código moral. Mas do ponto de vista Ético não há variação.
Assim, na vida defrontamo-nos com situações ou problemas envolvendo as questões citadas e, para solucioná-las, os indivíduos recorrem às normas e preceitos estabelecidos, formulam leis e servem-se de determinados argumentos, razões ou juízos para avaliar ou justificar a decisão ou atitude tomadas. A estas formas de comportamento dos indivíduos ou grupos sociais, chamamos de comportamento prático moral, que se encontra desde as formas primitivas de comunidades.
Mas os homens não agem apenas moralmente, como também refletem sobre seu comportamento prático e dessa forma o tornam objeto de estudo e pesquisa. Assim, há a passagem do plano da atuação prática para a Teoria Moral – ou da moral efetiva, vivida, para a moral refletida ou analisada e estudada. Quando tal ocorre, já se encontra na esfera das questões teórico-morais ou Éticas.
A diferença entre as questões práticas ou morais e Éticas está na forma como são analisadas, pois as questões Éticas são caracterizadas pela sua generalidade, pois se na sua vida, um indivíduo enfrenta uma determinada situação, deverá resolver por si mesmo, valendo-se de uma norma que reconhece e a qual aceita intimamente; o problema em questão é agir de maneira que sua ação possa ser boa, ou seja, moralmente valiosa, seria inútil recorrer á Ética na esperança de encontrar nela uma norma de ação para cada situação concreta, pois a Ética tem um consenso geral do que é o Bem, e apenas pode mostrar-lhe o que seria uma conduta caracterizada pelas normas e leis vigentes que o levaria a concretizar seu objetivo – o Bem visado pelo seu comportamento moral – que ela julga bom segundo os padrões vigentes.
Dessa forma, o problema do que fazer em determinada situação concreta, procurando ser bom, é uma questão moral e não Ética; ao contrário, definir o que é o Bem não é de âmbito da moral, mas uma questão geral que pertence à esfera da Ética.
A complexidade da questão é colocar a moral em sintonia com a Ética, pois é de sua competência investigar o contexto do Bem, e não simplesmente determinar o que cada indivíduo deve fazer em cada caso para que suas atitudes sejam consideradas boas, pois, sem dúvida, uma condição depende da outra.
Muitas teorias sobre a Ética foram organizadas em torno das definições do Bem e do que é bom, na suposição de que se soubermos determinar o que é cada um, poderemos saber o que devemos fazer am cada situação. As respostas variam, evidentemente, de uma teoria para outra, segundo as bases em que se pautam suas teorias, que são criadas de conformidade com seus padrões morais vigentes.
Juntamente com esse problema central, colocam-se outros problemas éticos fundamentais, como o de definir a essência do comportamento moral nas diversas formas de expressão da conduta do homem, tais como a religião, a política, a arte, a filosofia, a ciência, o trato social, familiar, etc..
Esse problema da essência do ato moral envia-nos a outro problema importantíssimo: o da responsabilidade, pois só é possível falar em comportamento moral, quando o indivíduo verificado em sua conduta, é responsável pelos seus atos, o que, por sua vez, envolve a pressuposto de que se pode escolher entre duas ou mais alternativas e agir de conformidade com a decisão tomada. A questão da liberdade da vontade, o que chamamos de Livre-Arbítrio, é inseparável da questão da responsabilidade. Decidir se uma situação concreta é um problema prático moral, mas definir o modo pelo qual a responsabilidade moral se relaciona com a liberdade e com o determinismo a que estão sujeitos é um problema teórico, ou Ético, cuja análise é de competência Ética. Problemas éticos também são de obrigatoriedade moral; a Ética pode contribuir para fundamentar, justificar e julgar certa forma de comportamento mora.
E que fica evidente é que, de qualquer forma, a Ética transcende a moral, pois qualquer que seja a situação, época, raça, etnia, nacionalidade, agrupamento social, seja cultura, religioso, político, filosófico, científico, artístico, etc., há um consenso comum que define o que está em conformidade com o Bem, visto que no aspecto ético há a interferência da razão humana que transforma a Ética num código de conduta segundo suas necessidades de reger seus agrupamentos, sejam eles profissionais, esportivos, filosóficos, etc., existindo diversos Códigos Éticos como o dos médicos, dos advogados, dos religiosos – e dentro de cada expressão religiosa –, etc., e mesmo no caso dos professores de Yoga, entre outras. Até entre os criminosos existe um “código de ética”, o qual eles são obrigados a cumprir e respeitar.
De qualquer forma, é aconselhável a nunca tomar uma decisão, por mais urgente que possa parecer, se há alguma dúvida quanto às questões Éticas envolvidas nela,, e nunca tomar o padrão ético do sistema vigente no qual está envolvido, como um código rígido, inflexível, como um dogma e nem como uma lei a ser seguida a risca cegamente. Todo sistema ético deve ser seguido com bom-senso, e para tal, deve ser aprendido, apreendido, meditado, absorvido e compreendido.


Cyddo de Ignis
(Alcides de Paula Chagas Neto)
Telefone para contato: celular: 031- 9103-3086
e-mail: magiaaquariana@gmail.com cyddo.dharma@yahoo.com.br

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

COSMOSOFIA


A Cosmosofia é uma releitura de todo Conhecimento humano nas suas diferentes áreas, de forma atual, procurando libertar-se de todos os condicionamentos decorrentes das limitações humanas. É uma maneira nova, a atual, de estudar a Sabedoria Antiga, buscando reencontrar seu aspecto Místico Original, perdido na sua fragmentação, partindo das formas como ela é apresentada atualmente, aprofundando seus Ensinamentos, depurando-a de todas as deformações a que foi submetida através dos milênios, alcançando suas raízes que descendem do próprio Conhecimento Primordial.


visitar  página >>>>