Estamos
vivendo na Era da Pressa.
Todo
mundo tem pressa, ninguém quer “perder tempo”.
Essa
característica das pessoas do nosso tempo se verifica em todos os âmbitos, seja
no cotidiano, na vida cotidiana, com seus afazeres e suas exigências, como no
aspecto Espiritual, ou seja, no que se refere à Vivência Espiritual.
Na vida
de relação, a vida do cotidiano, todos correm, querem tudo “para ontem”, não
podem esperar, pois, “tempo é dinheiro”, quando “perdem tempo” estão “perdendo
dinheiro” (melhor seria dizer que estão apenas deixando de ganhar mais
dinheiro, porque se não o ganharam, não podem perder; não se pode perder o que
não se tem).
Uma das
maiores mentiras que tenho escutado – e creio que todos já ouviram – é dizer
que “é o dinheiro que move o Mundo” (o dinheiro é a mola do Mundo, como se
costuma falar), pois o que deveria mover o Mundo é o Amor. Mas o homem ainda
não está preparado para isso, está muito apegado aos processos mundanos, aos
bens materiais, para poder perceber a loucura da vida cotidiana.
Essa
pressa é observável também nos processos de Cura, nas Terapias Holísticas. As
pessoas tem pressa, querem resultados imediatos, mas não percebem que os
resultados dependem da exoneração e purificação de anos e anos de erros de
todos os tipos: alimentares, de pensamentos, de relacionamentos, de
sentimentos, etc..Quando vão procurar um Terapeuta Massagista, querem melhoras
imediatas, mas, por outro lado, não querem uma massagem demorada... massagens
de 15 minutos devem ser o suficiente, pois não podem perder tendo deitados numa maca de Massagem.
Da
mesma forma acontece no Espiritual. As pessoas querem respostas prontas para
suas questões existenciais, para seus conflitos; querem soluções imediatas para
as mazelas de suas existências, mas se esquecem de buscar as respostas em si
mesmas.
As
pessoas procuram respostas, e muitas vezes essas respostas são buscadas nas
“coisas espirituais”, mas as respostas que eles procuram, além de estarem
sujeitas à instituições religiosas, que não buscam esclarecer, mas sim
escravizar, têm que se adaptar às suas próprias ilusões, ou seja, as pessoas
vão procurando uma explicação que se encaixe no que elas querem ouvir, ou que
esperam ouvir. E se tornam vítimas de pseudo-sacerdotes, “mestres” e outras categorias
de “iniciados” que ainda nem conseguiram superar suas próprias mazelas, e se
colocam na condição de dirigentes “religiosos”, que só querem aumentar o seu
número de seguidores e de seus rendimentos.
Em
alguns casos, procuram na “magia”, na “feitiçaria”, os meios de conseguirem o
que desejam, sem se dar conta do mal que estão fazendo à si próprios além
daqueles que fazem aos seus desafetos.
O homem
moderno tem pressa, mas sua pressa o está levando à loucura, e só quando
perceber isso é que entenderá o Verdadeiro Sentido da Vida.
Cyddo de Ignis (Alcides de Paula Chagas Neto)