MEDITAÇÃO

Meditação é a Prática para libertar a Consciência do jugo da Mente e dos Sentidos Físicos. Para se Meditar realmente é necessário antes Silenciar mente. A Meditação por si só já indica um movimento de Despertar da Consciência.
Para se compreender o que é Meditação, precisamos, inicialmente, saber o que ela não é. Meditação não é apenas sentar e prestar Atenção à respiração; isso é apenas parte de um processo que leva à real Meditação. Também não é deixar a Mente vagar livre e solta ao sabor dos Pensamentos, nem ficar ouvindo “música de meditação” (seja lá o que isso for); isso não leva a nada, apenas à dispersão mental. Nem tampouco é forçar a Mente – ou tentar forçar a Mente – a se concentrar num objetivo específico, seja ele qual for, visto que já sabemos que não de se concentra a Mente e que nem é viável querer forçá-la a nada.
Meditação também não é pensar profundamente em nada – ou sobre nada – nem observar nossos Pensamentos e nem pensar sobre os problemas do cotidiano; isso é apenas especulação mental ou intelectual, ou um processo racional, e Meditação – segundo o conceito Oriental – está acima e além do Intelecto e da Razão. Muito menos é Visualização ou Exercício de Imaginação; isso é apenas dar ocupação à Mente, o que foge aos objetivos da Meditação, que é exatamente o oposto, ou seja, é elevar-se acima e além do movimento mental, superar a atividade mental. Ambas, Meditação e Visualização (ou Mentalização), são processos diferentes que visam objetivos diferentes.
O termo meditação vem do latim “meditare” que significa “medir, avaliar, dimensionar”, por isso, Meditação, para os ocidentais, tem o sentido de “pensar sobre algo, avaliando as implicações inerentes ao objetivo sobre o qual se ‘medita’”, o que é diferente do termo Dhyána, do Sânscrito, que implica numa identificação do Praticante com o objeto ou objetivo de sua Busca, que supera qualquer racionalização, restando apenas a Percepção Pura.
É difícil aplicar u termo ocidental às Práticas Orientais, pois para o Oriental, o processo de Meditação (que é o que nos propomos) é um processo mais íntimo, é um encontro profundo do Ser consigo mesmo, um mergulho em sua Essência Espiritual, quando todas as suas Instâncias Internas estão unidas, harmonizadas, equilibradas e voltadas para um único Objetivo. Ao Nível mais profundo, Meditação pode ser entendida como a Arte de Curar os desequilíbrios, restaurando a Harmonia da Totalidade do Ser.
Para compreendermos melhor o Tema, devemos conhecer as causas desses desequilíbrios. Esses desequilíbrios são causados, em primeiro Plano, pelos nossos condicionamentos, que geram conflitos internos. Somos condicionados por diversos fatores: ambientes familiares, culturais. Sociológicos, religiosos, etc.. Esses fatores incluem pais, irmãos, parentes, amigos, professores, patrões, colegas de escola ou de trabalho, todos eles nos impondo conceitos ou idéias e cobrando-nos atitudes que se conformem aos seus padrões, moldando nossa Personalidade conforme o padrão vigente no local, região ou ambiente em que nascemos, vivemos ou atuamos.
Cada Escola de Pensamento tem sua própria classificação dos tipos ou qualidades dos condicionamentos e sua extensão, bem como seus processos próprios para “curar” o indivíduo de seus condicionamentos.
Seja qual for a origem dos condicionamentos, o que devemos ter presente é que eles são as principais causas de todos nossos desequilíbrios e sofrimentos. Conhecermos as origens dos condicionamentos é importante, pois se não as conhecermos não poderemos atuar sobre eles e eliminá-los, e num estado livre de condicionamentos a Consciência se despoja das limitações da Personalidade egóica e a substitui pela identificação com a Consciência Divina. A Individualidade cede espaço para um sentimento de Unidade com o todo o Universo.
O que chamamos habitualmente de “Meditação” é um processo que se inicia com a Concentração e se completa ao alcançarmos o Estado de Ultra-Consciência (que no Yoga é chamado de Sammyana ou de Samádhi) e se compões de 5 Estágios:
1º) Concentração
2º) Contemplação
3º) Abstração dos Sentidos
4º) Meditação (propriamente dita {Identificação Íntima})
5º) Ultra-Consciência
Muitas pessoas pensam que “meditar” é uma coisa instantânea, como se bastasse sentar e o Processo funcionasse como se fosse um passe de mágica, levando a pessoa que “medita” a um Mundo de Pensamentos cheios de Bem-Aventurança, quietude, luzes fulgurantes e Seres Luminosos, sem nenhum esforço. Mas Meditar é um esforço para superar a atividade mental e aos poucos dominar e controlar o processo mental, libertando a Consciência de seu jugo, a fim de que Realizarmos nossa Verdadeira Natureza Espiritual. Leva-se anos para aprendermos a direcionar p Processo e podermos atingir o Estado Interior adequado à Prática da Meditação, vencendo cada Passo do Caminho, avançando de Estágio em Estágio.
Não há distinção entre um Estágio e outro; não há limites nem divisões, pois um leva conseqüentemente ao outro, se inter-relacionando harmoniosamente à medida em que o Praticante avança no Processo.
Os Estágios desse Processo podem ser explicados da seguinte forma:
1º) Concentração:
É o Primeiro Estágio, e talvez o mais importante, visto ser o mais difícil. Consiste em concentrar ou focar a Atenção num objetivo, que pode ser inicialmente a respiração, que é o mais simples, pois respirar todos nós o fazemos, queiramos ou não, portanto, pode ser feito em qualquer lugar e a qualquer momento, sem que tenhamos necessidade de preparativos especiais, nem aparatos ou parafernálias de nenhuma espécie. É um excelente Treinamento para os Períodos de Meditação. Quando focalizamos a Atenção, estamos Treinando a Consciência a manter-se fixa no Exercício ou Objetivo proposto, sem permitir que a Mente interfira. Para verificar isso, basta observar o que ocorre quando se tenta concentrar: procuramos fixar nossa Atenção na Prática e começam a surgir idéias, sons, pensamentos, lembranças e imagens na Tela Mental. Isso ocorre porque a Mente continua sua atividade e somos levados pelo movimento mental a dispersar nossa Atenção seguindo tais pensamentos ou desviando para tal ou qual imagem, som ou lembrança.
Quando conseguimos, através da Prática e da Disciplina não sermos mais afetados pelo movimento mental, invertemos os papéis: ao invés de acompanharmos a Mente em seus devaneios, fazemos com que ela nos acompanhe. Ao lograrmos essa proeza, passamos para o Estágio seguinte – a Contemplação.
2º) Contemplação:
É a fase onde a Concentração é tão intensa que nossa Atenção está totalmente fixa no objetivo da Prática, a ponto de não ser mais perturbada pela atividade da Mente. Nesse Estágio, a Mente passa a acompanhar a Prática, sem interferir, apesar de continuar ativa. É onde começa a inversão de papéis, ao invés da Atenção ser arrastada pelo turbilhão mental, é a Mente que é atraída para a quietude. No início se rebela, pois não aceita cabresto, mas depois começa a ceder, vai se tornando mais dócil, até que um dia está disciplinada e aceita o Comando da Vontade. a Mente começa a gostar dos momentos de tranqüilidade e quietude e passa a desejar essa quietude.
Nesse ponto, ela passa a participar do Processo, passa a “contemplar” o Objeto – ou Objetivo – do Exercício. Há uma Lucidez mais ampla, uma Clareza maior na Prática. A Consciência está fixa no Objetivo e a Mente a acompanha docilmente. Gradativamente, todo o Ser passa a vivenciar essa experiência, todos os Eus, ou Instâncias Internas, se harmonizam nesse Processo. Para o Ser, então, a única Realidade existente é a Contemplação do Objetivo da Prática.
3º) Abstração dos Sentidos:
É o Terceiro Estágio do Processo e ocorre quando a Contemplação se torna intensa a ponto do Ser – todos os Seus Eus Internos – estarem imersos no processo; começa-se a perder a Percepção Sensorial do Mundo que o rodeia; todos os Sentidos se integram ao Processo. O Estado de Abstração Total começa a ser caracterizado pela audição: ouve-se os Sons externos, mas não há identificação com eles. Aos poucos perde-se a sensação física do Mundo, ou antes, as Sensações Físicas não interferem no Processo;o Ser está totalmente absorto e absorvido no seu Universo Interno, que o coloca em contato com a Única Realidade Pré-Existente.
4º) Meditação:
Ou Identificação Íntima com a Meta.
Chegamos à Meditação, propriamente dita. É o Quarto Estágio do processo, quando o Ser está plenamente sintonizado com o Objetivo de sua Prática.
A Meditação real é mais propriamente um Estado de Comunhão ou Identificação Íntima com o Objeto, ou Objetivo, da Prática. Já não há mais Objetivo ou Praticante, apenas o estado de Unificação, quando o Ser Supera todas as exigências da Personalidade e está imerso no Universo Consciencial.
Nesse Estágio é que ocorrem muitas das Experiências Inspiradas dos Místicos de todas as Ordens, quando vislumbram certas facetas da Verdade Única, veladas aos homens comuns.
5º) Ultra-Consciência:
É o Apogeu do Processo, que entre os Yoges é chamado de Samádhi, e entre outras escolas é chamado de Êxtase.
Não há muito o que falar sobre esse Estágio, não há referências sobre o que seja; jamais alguém que o tenha vivenciado pôde descrevê-lo. Sabe-se apenas, por informações dos chamados Mestres, que é quando a Consciência Individual entra em Comunhão com a Consciência Absoluta.
Claro que a Realização de todo esse Processo não se da na Noite para o Dia; demanda muitos anos de Treino, dedicação e Disciplina.
A Meditação é um meio de sintonizar a Consciência e demovê-la da apreciação puramente física do Mundo imposta pelos Sentidos e pela Personalidade.
Meditação é, verdadeiramente, um Estado de Comunhão Pura, no qual a Consciência humana flui em direção à Consciência Universal. É atingir Estados mais elevados de Consciência. Os condicionamentos são removidos, a Mente se despoja do Ego limitado e o substitui pela Identificação e Sintonização com a Consciência Universal.


Cyddo de Ignis
(Alcides de Paula Chagas Neto)
Telefone para contato: celular: 031- 9103-3086
e-mail: magiaaquariana@gmail.com cyddo.dharma@yahoo.com.br


Místico, Tarólogo, Tarósofo, Professor de Tarô e Instrutor do Caminho do Tarô. Ministrando Cursos e Consultas de Tarô – os Cursos são ministrados principalmente no Nível Iniciático, e as Consultas visam o esclarecimento do Caminho de Realização Interior. Ministra também Cursos de Auto-Conhecimento e Magia Aquariana.Todas as abordagens dos Cursos e Consultas são feitas têm como Fundamento a Tradição Antiga e visam dar ao Aluno ou Consulente a oportunidade de conhecerem a si mesmos e se harmonizarem com a Vida.
Nascido em São Paulo-SP, reside em Minas onde Ministra Cursos e Atendimentos com Tarô e Terapias Holísticas.
Tarólogo, Tarófoso, Instrutor de Tarô – Formado e Iniciado em Tarologia e Tarosofia em 1995, pela Antiga Escola do Tarô.
Professor de Yoga – Hatha Yoga - Formado como Professor de Yoga em 1983, pela O.S.A. (Ordem dos Sarvas Swamis), por George Kritikos (Sarvánanda), com especialização em Yogaterapia.
Rosacruz, Ordem AMORC, alcançando o 9ª Grau na Ordem.
Terapeuta Holístico, trabalhando com as seguintes Terapias:
Cromoterapia; Técnicas Apométricas, Calatonia, Massagem Integrativa, Quiroprática, Homeopatia, Fitoterapia, Terapia Biopsicoenergética, Terapia Bio-Magnética, Reiki, Terapia Floral (Florais de Bach), Aromaterapia.
Pesquisador Auto-Didata de:
Religiões Comparadas, Astrologia, Numerologia, Ciências Oraculares, Filosofia Vêdica, Tantra, Realismo Fantástico, Cultura Afro-Brasileira, Radiestesia, Magia, Ocultismo.
Ministra Cursos de Tarô, Auto-Conhecimento, Magia Aquariana.