terça-feira, 13 de agosto de 2013

3º FÓRUM NACIONAL DE TARÔ

3º FÓRUM NACIONAL DE TARÔ

TEMA DA MESA 2

ENSINO:
O Texto que se segue é uma síntese do que me propus a falar no 3º Fórum de Tarô, ocorrido no Sábado, 10/08/2013, por iniciativa do Nei Naiff.
Neste Debate, onde o Tema da Mesa da qual participei foi o Ensino do Tarô, eu só poderia falar em nome de nossa Escola, a Antiga Escola do Tarô, e da forma como entendemos, Ensinamos e praticamos Tarô. Há diversas vertentes de Ensino e Prática deste Maravilhoso Sistema de Conhecimento e nossa Escola possui sua própria forma de fazer uso d’Ele.
Dessa forma, peguei as três questões inicialmente apresentadas para serem objetos de análise e discussão nesta Mesa para compor minha intervenção neste debate.
         1ª) Qual a razão de tamanha pluralidade na Instrução do Tarô: cabala, numerologia, mitologia e simbolismo?
Portanto, o que posso dizer é que nós acreditamos que a razão de tamanha pluralidade da Instrução do Tarô, se deve ao fato do homem ter perdido a noção da Essência do Tarô no decorrer dos milênios.
Diferentemente de outros Sistemas de Conhecimento, como a Astrologia, por exemplo, que teve bases “científicas”, possuindo um direcionamento único, com uma Base Doutrinária que é seguida por todos os Astrólogos, em qualquer parte do Mundo, e que tem respaldo na Astronomia que, aliás, é uma ciência que teve suas origens na própria Astrologia.
Já com o Tarô, o caso foi deferente, Ele sempre esteve relegado ao campo do misticismo, do oracular, da adivinhação, perdendo seu Caráter e Significado profundo, sendo visto e utilizado como instrumento de sortilégio, utilizado por pseudos feiticeiros, bruxos e adivinhos, que nunca se interessaram pelo Conhecimento.
Dessa forma, alguns “iniciados” procuraram associar o Tarô a alguma outra disciplina para tentar dar sentido aos Símbolos e Ensinamentos do Tarô e também para mostrarem que eram detentores de um “conhecimento superior”, já que, principalmente no ocidente, as pessoas acreditam que quanto mais “sistemas de conhecimento” conhecem, mais importantes se tornam.
Assim foi que o Tarô passou a ser mais um ingrediente na mistura de sistemas que os “sábios” utilizavam em seus estudos e trabalhos, geralmente como meios de prever passado, presente e futuro, mas não como Instrumentos de Realização e Libertação Pessoal espiritual.
2ª) Qual a utilidade de cada uma?
Ao nosso ver, utilidade nenhuma. Servem apenas para desviar o Estudante do Estudo do Tarô como Instrumento de Realização Pessoal, de Libertação.
Nossa Escola aceita a idéia de que o Tarô foi criado, elaborado e estruturado pelos Sábios da Antiga Atlântida, há mais de 12.000 anos atrás, com dois Objetivos principais: o primeiro de preservar o Conhecimento e a Sabedoria dos Atlantes no seu conjunto de Lâminas; o segundo, para servir de Livro de Ensinamentos, de Guia para os Adeptos quer Trilhavam o Caminho do Conhecimento. Sendo que, pela sua própria forma de Transmitir o Conhecimento Original, o Tarô mostra que o Adepto, o Caminhante que faz a Jornada do Conhecimento é o Louco, justifica-se a afirmação de nossa Escola de que o Louco é a Essência do Tarô. O Tarô foi concebido, criado, e estruturado em função do Louco; se não fosse pelo Louco, o Tarô não teria a necessidade de ter sido criado.
Portando, um dos Objetivos do Tarô, é de servir de Instrumento de Orientação para o Caminhante, o Adepto do Caminho do Conhecimento, e para isso, possui em seu Conjunto de Lâminas todo o cabedal de Conhecimento necessário para orientar e auxiliar o Estudante em sua Busca, e para cumprir essa finalidade, não necessita de ser misturado com qualquer outra forma de sistema, seja oracular ou filosófico.
              3ª) Tanto conhecimento ajuda ou atrapalha o profissional ou o estudante?
Portanto, ao nosso ver, toda essa miscelânea atrapalha o Estudante ou mesmo o profissional, pois incute em sua mente um monte de conceitos e idéias, que por pertencerem a sistemas, diferentes, a Caminhos de Realização diferentes, não podem ser misturados, pois perdem suas Essências, além de terem seus Ensinamentos prejudicados pela tentativa de associação com outros Sistemas.
O Tarô deve ser Estudado em sua pureza, pois apesar de ter seus Ensinamentos respaldados pela Tradição Antiga, o Conhecimento Original, que está na Base de todo e qualquer Sistema de Conhecimento, porque é Único em sua Essência, cada Sistema é particular em suas estruturas e não devem ser misturadas, com o perigo de perderem suas Essências. Tarô é Tarô, Astrologia é Astrologia, Kaballa é Kaballa, Numerologia é Numerologia, e cada qual possui suas premissas e formas de expressar o Conhecimento no intuito de direcionar o Estudante ou Adepto na sua Busca de Realização.


Cyddo de Ignis (Alcides Chagas)

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